segunda-feira, 30 de março de 2009

Retrospectiva

Primeiro tive uma bruxa feia
Que me castrava com simpatia
Dizia que eu era cobiçado
Como o rei da cobardia
Ai que devassa alquimia

Ela não dava valor à palavra
Já que o amor só seria gente
Se eu lhe baixasse as calças
E no seu corpo deixasse veemente
Que era um louco delinquente

E por mais juras que tivesse feito
Em traição nunca se havia de ver
Pois só depois de tocarmos num corpo
É que lhe temos algo a dever
Será assim que o mundo se quer?

Usámos o corpo tantas vezes
Pra separar medos siameses

Quando da bruxa me livrei
Juntei-me aos bruxos da onda jovem
Levaram-me às suas discotecas
Pra me ensinar a ser homem
Aí tornei-me lobisomem

Discutiram preços de vestuário
E cuspiram para todo o chão
Comentaram em tom ordinário
A silhueta de mais tentação
Eu escondi-me na casota do cão

Por fim desinfectei o corpo
Num sarcófago com património
A fim de procurar um novo morto
Pra gerar novo demónio
Ou contrair matrimónio

Enredo depressões sem enredo
Pra enterrar a envergadura do medo
Serei só um devasso puritano
A contar cabelos no meu degredo sub-urbano

domingo, 29 de março de 2009

Revelação Escabrosa

Eu não tenho twitter.

sábado, 28 de março de 2009

Em Abril

Sete canções erráticas, filhas de latitudes diversas, procuram um novo domicílio junto aos tímpanos. A gestação decorreu entre um quarto e uma casa de banho, o Porto e a Costa do Castelo, Benfica e uma varanda virada para o IC22. Tanto o colectivo animal Suricata/Coelho Radioactivo como outros trovadores humanos ajudaram ao parto. Munidas da capa de José Luís Pinto, o grupo das neonatas lança-se agora à aventura sob a forma de uma rodela de plástico. Maria del Sol Antela

segunda-feira, 23 de março de 2009

Avesso do Futuro


(fotografia por José Luís Pinto)