quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Apresentação

Sou parte intrusa na vida
Tenho os nervos a transbordar
No meio desta arte oprimida
Falta-me tempo para não pensar

Quero sempre matar-me
Apenas não mato
Porque eliminar-me a mim
Não eliminaria do fim
O dia do meu parto

Não me quero recordado
Temo rosas na campa
Quero ser posto de lado
Do futuro e do passado
Como o pássaro que não canta

Sento-me no mundo a brincar
Calmamente a criar
Histórias para o mundo recordar
No dia em que o meu denso mar
De tão seco quiser secar